13 de jul. de 2014

Bienvenue au nord !


não posso dizer que vivo no norte... talvez seja mais correto dizer que é centro da Europa, mas para quem sempre viveu no sul da Europa, isto é o NORTE amigos!!!! Em pleno mês de julho, é o norte tal e qual como o imaginamos nós desde do sul, com botas de água, de impermeável e sem óculos de sol!!!! Chove desde o inicio desta semana... finalmente, pude estrear o meu impermeável novo, que apesar de ter mais de um ano, mas ainda não tinha sido batizado... é giríssimo, azul petróleo, de corte assimétrico, tem um capuz, bolsos, etc... mas apercebi-me que, depois de levar com tanta chuva, impermeável é que ele não é! Ahah deve ser impermeável apenas quando não chove, em Valência, por exemplo J

Esta semana pude aprender e descobrir algumas coisas debaixo da chuva. A verdade é que em Portugal e em Espanha (pelo menos onde eu vivi) quando chove ninguém sai de casa, não vamos fazer desporto ao ar livre, não usamos a bicicleta, não vamos tomar um café numa esplanada, etc... para quê, se amanhã (ou, como muito em 3 dias) está sol?! Quando chove, vais para o trabalho de carro ou de transportes públicos, deixas a bicicleta, a trotineta e/ou os patins de lado, ou aproveitas para ficar em casa, ler um livro, arrumar trastos, ver um filme com os amigos, etc. Aqui a vida continua e toda a gente segue o seu rumo e a sua rotina de forma natural J

O primeiro dia que choveu, e que me correspondia sair a correr, fiquei em casa. Pensei: ‘se ontem nadei e amanhã irei nadar, que necessidade  tenho eu de ir apanhar mais água??’ Bom, fiquei a pensar nisto todo o dia, e o tempo nos dias seguintes também não melhorou... até que já saí a correr dois dias, chovendo J  Descobri que o boné tem outra utilidade mais do que tapar do sol, tapa também da chuva!!! Que posso correr de calções e de t-shirt porque realmente não está frio, a chuva não magoa e enquanto corro estou fresquinha. É uma sensação deveras agradável: o ar parece estar mais puro, o ambiente limpo e está tudo muito mais florido. Encontras mais pessoas a correr á mesma hora que tu, os parques têm as mesmas pessoas, jovens e mais velhas, homens e mulheres. Realmente há toda uma vida  paralela, debaixo da chuva J

Ir de bicicleta para o trabalho, com chuva??? É o máximo!! É verdade que tenho que mudar de impermeável, porque chego bastante molhada... mas também de cara lavada e cheia de energia.

Enfim... é uma questão de adaptar-se a outros padrões de vida e mudar certos preconceitos, onde associamos, por exemplo, o julho com a praia e os óculos de sol, com a minissaia e o desporto ao ar livre... este será um julho diferente, correspondendo com o ‘nosso’ março/abril (mais chuvosos!) mas não deixa de ser por isso menos interessante e curioso, cheio de coisas novas por descobrir ;)

Quando vier a neve, em novembro/dezembro, aí veremos onde deixo a bicicleta e o boné ;)

6 de jul. de 2014

Living in Brussels :))

Partida: Calle Cadiz, Valencia (28.Jun.14)
Esta é a próxima aventura... viver em BRUXELAS!!!
Sempre ouvi dizer que a vida é como a água que corre num rio, nunca pára, nunca é a mesma e sempre se renova! Ás vezes tropeça, salta, salpica, perde o rumo, vai contra corrente, mas segue em frente... quando estanca, perde a força, a frescura, a vitalidade e acaba por se evaporar ou ser absorvida...

É verdade, nem sempre é fácil fazer o que se quer, e algumas vezes não se consegue mesmo fazer exactamente o que se pensa, mas já a alguns anos, quando tomei a decisão de viver fora de Portugal pela primeira vez, sabia e sentia, que a minha vida não ia ser uma vida fácil :) No sentido comum, da estabilidade e do conforto de ter uma casa e um trabalho para sempre!

Na verdade acho que me assusto com as palavras fortes, aquelas que marcam um compromisso, que definem um contrato e onde te dizem que é para sempre. Desde uma simples tatuagem a um contrato de trabalho efectivo. Sinto a vida como uma soma de experiências, que de novo repito, nem sempre te fazem sorrir. É arriscado viver assim, porque passas algumas dificuldades, nervos e medos pelo desconhecido, mas não consigo omitir nem negar os meus desejos... a minha inquietude por conhecer, aprender, estar e ter vivências reais e multiculturais, levam-me a procurar outros lugares no mundo :) A curiosidade que sinto pelo desconhecido é maior que a alegria que me pode dar a paz e a tranquilidade de uma vida mais estável e previsível.

Paragem para dormir: La Rochelle, França
Deixo-me levar nesta nova aventura, com a ilusão de viver aqui uma nova experiência profissional e pessoal. Aprender os idiomas oficiais do país (Francês, Holandês e Alemão), habituar-me a viver num clima mais cinzento e fresquinho e integrar-me socialmente numa mentalidade diferente são os meus objectivos para estes 3 primeiros messes :)

Aqui ficam algumas fotos da viagem de Valência-Bruxelas, no meu Lancia que me tem seguido como um fiel companheiro :) e os registos desta primeira e intensa semana, incluindo um piquenique de sushi (feito por mim!!!) no parque Haps, pertinho de casa.

Yupiiiii

Preparada para Jantar: La Rochelle, França

Chegada: Cinquantenaire, Brussels
 (29.Jun.14)
Piquenique de sushi